11 de julho de 2010

Melancolia de terras distantes

Estou triste...

Estou triste , não sei porque,

talvez seja o pensamento oculto,

o desejo a perseguir, o que?

e a presença do mesmo vulto.

Quem sabe o dia calmo e manso,

a lembrança da minha linda terra,

e mesmo assim deliberada avanço,

e recordo quando subia a serra.

Ou a insistente e dorida saudade,

que o tempo passa mas não alivia,

e fico aqui a lutar como se a lealdade,

pudesse eliminar tanta nostalgia.

Será esse céu azul, com a mesma cor

dos olhos de alguém que tanto amei?

E contemplando-o me vem a dor,

que no meu coração eu sempre carreguei.

Estou triste e condenso os sofrimentos,

num único pacote de ternas evocações,

conduzindo-os além dos sentimentos

e tornando-os exemplos de úteis lições.

Lições de vida que o só tempo traz,

envolto no papel brilhante da experiência,

e que contorna íngremes caminhos voraz,

ensinando, e fazendo disso uma ciência.

Estou triste, mas com paciência espero,

dias que cheios de sol com alegria nasçam,

vibrantes, iluminados, tranqüilos e ainda quero,

sorrir alegre e viver as horas que me fascinam.

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